Bope desativa bombas que seriam usadas por traficantes para explodir ponto de drogas em Ijuí


Dois artefatos explosivos foram encontrados em um apartamento em Ijuí, no noroeste do Estado, na noite desta-segunda-feira (24). De acordo com a Brigada Militar, as bombas seriam usadas por criminosos para explodir um ponto de venda de drogas na cidade. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi acionado para desativar os artefatos. 
Os explosivos estavam em um apartamento localizado no 4° andar de um prédio no bairro São Geraldo. Segundo o capitão Gilmar Bischoff, do 29° Batalhão de Polícia Militar, estavam prestes a ser utilizados por uma das facções que domina o tráfico de drogas em Ijuí. O objetivo era usar as bombas para destruir uma residência no bairro Getúlio Vargas, onde funciona um dos principais pontos de comercialização de entorpecentes, liderado pela facção rival. 
O prédio foi isolado durante a operação e os moradores, evacuados. Dois homens e uma mulher que estavam no apartamento foram presos. A Brigada Militar conseguiu localizar os explosivos porque um desses três criminosos, que se deslocava para o ponto que seria explodido, foi interceptado e confessou o plano à polícia. 
O Bope estava em operação em Santa Rosa, a cerca de 100 quilômetros dali, e foi acionado para identificar e desativas as bombas. De acordo com o comandante do Bope, tenente-coronel Douglas da Rosa Soares, os explosivos são do tipo usado na mineração para explodir pedras.
- Normalmente, esses explosivos são desviados de empresas que trabalham com pedreiras ou construção de rodovias. Não são caros, mas são de difícil acesso, porque são muito controlados - explica o comandante Soares. 
Detonadas juntas ou individualmente, essas bombas são consideradas altamente mortais e destrutivas em um raio de 10 metros, segundo o comandante. 
- Em um apartamento, por exemplo, poderiam abalar a estrutura do prédio, causando, além da destruição, incêndio - garante. 
Os dois explosivos foram desativados na madrugada desta terça-feira (25), em Ijuí. Os restos recolhidos devem ser encaminhados para a perícia com a finalidade de descobrir a origem das bombas.
- O objetivo é encontrar o número do lote e, assim, chegar ao autor e dono dos explosivos - disse Soares. 
Os três detidos que estavam no apartamento devem responder por tráfico de drogas, associação ao tráfico e posse de explosivos.

Fonte: Gaúcha ZH

Aplicativo

Facebook


Twitter