A combinação de tempo seco e calor tem sido uma das marcas desta safra de verão, com perdas consolidadas, como apontam os levantamentos de safra. O problema, quando surge no horizonte da previsão do tempo mais dias com essas características, está nas lavouras que mantêm potencial produtivo. Prognóstico do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) aponta que, de hoje a quarta-feira, deve haver pancadas isoladas em várias regiões e possibilidade de temporais no Norte e Nordeste. Em volume, porém, a chuva não deve passar de 10 milímetros na maior parte das regiões.
Com 83% da área de soja no RS em floração ou enchimento de grão, a umidade não pode faltar. Segundo a Emater, a colheita segue em atraso - em 2022, chegava a 6%.
No Noroeste, uma das áreas mais afetadas pela estiagem, a soja tem poucas chances diante do quadro já estabelecido. Mas é a segunda safra de milho que precisa da chuva. Paulo Pires, presidente da Fecoagro-RS e da Coopatrigo, chama a atenção para a situação do campo nativo:
- Aqui, estamos virando a página e olhando para o inverno. Mas se chover é bom, o volume de água de sangas e rios precisa se recompor, o próprio pasto para o gado, mesmo que seja meio tarde.
Fonte: GZH