A comercialização de veículos novos no país em junho foi de 201.982 unidades, crescimento de 3,6% na comparação com junho do ano passado, conforme divulgado hoje (6), pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). As vendas ficaram estáveis se comparadas com maio desse ano. No acumulado de janeiro a junho, em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 14,4%.
Para suprir as necessidades de recomposição do estoque, desfalcado em razão da greve dos caminhoneiros, a produção de veículos foi acelerada. "As empresas trabalharam para a recuperação e preparação dos estoques para os meses de julho e agosto", disse Antonio Carlos Botelho Megale, presidente da entidade.
Foram produzidas, em junho, 256.305 unidades, alta de 20,7% em relação a maio. Na comparação com junho do ano passado, houve crescimento de 21,1%. No acumulado de janeiro a junho, a alta foi de 13,6% em relação ao mesmo período de 2017.
As exportações aumentaram 6,8% em junho, na comparação com maio. Em relação a junho de 2017, houve queda de 4,4%. No período de janeiro a junho, foi observada alta de 0,5%. Em valores, as exportações apresentaram queda de 1,2% no mês passado, na comparação com maio. Em relação a junho do ano passado, houve elevação de 4%. No acumulado desde o início do ano até junho, foi registrado alta de 16,7% em relação a igual período de 2017.
Projeções
A Anfavea revisou as projeções de resultados para o final do ano. Segundo Megale, a greve dos caminhoneiros afetou negativamente a confiança dos consumidores e empresários. Por isso, a projeção de vendas foi mantida em 11,7%, apesar da expectativa que vinha desde o início do ano de um possível aumento para 20%.
"O [resultado de] 11,7% não é desprezível, está acima dos 9% do ano passado, o que já mostra recuperação", disse. "Eu já tinha avisado que o segundo semestre seria menor. Entretanto, a greve dos caminhoneiros mexeu com a confiança. Por uma questão de prudência, a gente manteve a mesma projeção", disse.
A projeção para vendas de veículos, no entanto, foi reduzida. Em janeiro, a Anfavea esperava aumento de 13,2%, índice que foi revisto para 11,9%. As exportações, cuja expectativa era de aumento de 4,5%, deve se manter estáveis, segundo a nova projeção da entidade.
Fonte: Agência Brasil