O conhecido estereótipo que as mulheres são mais fofoqueiras e carentes do que os homens não é verdadeiro ou, ao menos, não é tão evidente nas redes sociais. De acordo com uma nova pesquisa, o sexo masculino revela mais detalhes sensíveis e se importa mais com a quantidade de likes que ganha nas redes. O levantamento divulgado pela empresa de segurança digital Kaspersky na última semana examinou o uso das redes sociais com base em informações dadas pelos usuários.
A pesquisa indica que a maioria das pessoas usa as redes para se sentir melhor e uma das formas de alcançar isso é através da aprovação social. Esse tipo de validação faz mais falta aos homens: 24% deles se dizem preocupados com a popularidade se recebem poucos likes, contra 17% das mulheres.
E é na busca por curtidas que eles se dispõe a contar mais coisas privadas do que elas. Se tiverem certeza que postar alguma coisa embaraçosa sobre um colega de trabalho renderia muitos cliques, 14% deles o fariam (contra 8% delas). Se a informação for sobre o chefe, o placar é de 13% contra 8%; e sobre um amigo, 12% deles contariam, contra 6% delas.
Os números também são maiores para o time masculino em relação à disposição em postar fotos de amigos e de si mesmo bêbados e contar mentiras. E vale até abdicar da própria privacidade: 9% postariam fotos nus para ganhar publicidade, contra 5% delas.
Os autores da pesquisa, que contém outros dados sobre interações online, indicam que os resultados demonstram o poder das redes sociais nas relações da vida real. Para a doutora em psicologia em mídia da Universidade de Wurtzburgo (Alemanha) Astrid Carolus, a comunicação através das redes ganha importância por ser complementar ao mundo real. Vivemos num mundo globalizado e altamente móvel que resulta em distancias entre parceiros e membros da família. Comunicação digital é a uma oportunidade para completar as lacunas que as nossas vidas em diferentes países e cidades tem causado, avaliou ao site da Kaspersky.
A pesquisa ouviu 16.750 usuários com 16 anos ou mais em 18 países, incluindo o Brasil. O número de homens e mulheres que responderam foi similar.
Fonte: Site Veja