Dados estatísticos apontam redução nos índices de latrocínio no Rio Grande do Sul no primeiro trimestre, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta quarta-feira (3). O roubo seguido de homicídio também apresentou queda ainda maior em Porto Alegre, atingindo 27,3%.
Para o secretário Cezar Schirmer, os números refletem o trabalho desenvolvido pelos órgãos da Segurança Pública. "A investigação qualificada e o reforço no policiamento ostensivo surtiram efeitos. Este é um dos delitos criminais que mais impactam a sociedade e tem recebido atenção especial das nossas instituições", afirma.
O latrocínio registrou aumento de 14,7% no ano passado, em comparação a 2015. Entretanto, os indicadores do segundo semestre de 2016 já sinalizavam curva descendente, com diminuição de 1% em relação ao mesmo período no ano anterior. O comparativo 2015/2016 da capital apontou alta de 14,3%; o do segundo semestre registrou queda de 11,1%.
Combate aos homicídios e tráfico
Com base nos indicadores do primeiro trimestre, o governo do Estado focará no combate ao tráfico de drogas e aos homicídios. Os primeiros três meses de 2017 registram aumento de 12,8% - na capital, a alta é 11,7%. Schirmer observa que a raiz do problema está na disputa por território entre as facções criminosas. "Aproximadamente 85% dos homicídios no RS estão ligados, direta ou indiretamente, ao tráfico e ao consumo de drogas. Uma realidade que vem sendo combatida com afinco e que será prioridade nas ações que desenvolveremos em 2017", assegura.
Entre as iniciativas recentemente colocadas em prática no estado está a vinda de 200 agentes da Força Nacional de Segurança Pública e o reforço de 400 policiais militares na capital, mediante pagamento de diárias pelo governo federal. "Teremos até o final do ano o ingresso de 4.029 servidores nos quadros das nossas instituições. Já entregamos viaturas, armas e equipamentos para Polícia Civil, Brigada Militar, Susepe e IGP. Investimos no reaparelhamento de todos os órgãos e iremos aumentar ainda mais o aporte de recursos", acrescenta o secretário.
Mais transparência
Dando seguimento à política adotada pela nova gestão, a SSP amplia a transparência na divulgação dos indicadores. A partir deste trimestre, o crime de abigeato passa a fazer parte da tabela principal, onde também estão relacionados homicídios dolosos (ocorrência e número total de vítimas), latrocínios, furtos, furtos de veículos, roubos, roubos de veículo, estelionato e extorsão mediante sequestro.
Para aumentar ainda mais o escopo dos dados disponíveis, uma segunda tabela começa a fazer parte da divulgação. Nesse apanhado, estão relacionados os crimes de roubo e furto a bancos; roubo e furto a estabelecimentos comerciais; e ocorrências em transporte coletivo. "Estamos facilitando o acesso a todos os cidadãos. Estas informações já eram disponibilizadas à sociedade e à imprensa, mediante demanda", afirma o major Leandro Estabel Jung, chefe da Divisão de Estatística Criminal da SSP.
Texto: Claiton Silva/SSP
Edição: Gonçalo Valduga/Secom