A falta de chuvas nas últimas semanas trouxe prejuízos para as culturas de inverno. O trigo, que está na fase de crescimento, foi prejudicado pela escassez de umidade do ar e do solo, o que deixou as plantas amareladas e com doenças fúngicas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater, os tratos culturais estão suspensos pela falta de umidade, principalmente a aplicação de herbicidas e fertilizantes. "A falta de umidade, os dias claros e ensolarados com temperaturas elevadas têm desidratado o solo, levando as plantas ao estresse. Caso não chova com certa abundância nos próximos dias, as perdas poderão ser irreversíveis. A área plantada no Estado está com 97% em desenvolvimento vegetativo e 3% em floração", comenta o diretor técnico e presidente em exercício da Instituição, Lino Moura.
A canola está comprometida em decorrência das geadas e da falta de chuvas. Algumas lavouras implantadas no início de maio sofreram danos severos com as geadas, apresentando queimaduras nas sílicas e principalmente abortamento de grãos. De maneira geral as lavouras apresentam poucas folhas e baixo potencial produtivo. Áreas implantadas no final do período do zoneamento agroclimático e após as chuvas não conseguiram se desenvolver satisfatoriamente, apresentando padrão desuniforme com baixa densidade de plantas. Com a baixa umidade registrada, as plantas estão murchando durante o período da tarde, denotando severo estresse hídrico. Nas regiões produtoras dessa oleaginosa, a procura pelo Proagro começa a se intensificar.
Em fase de perfilhamento, a cevada é outra cultura que vem sendo altamente prejudicada pela estiagem, que causa debilidade nas plantas, permitindo o ingresso de doenças fúngicas. "Os tratos culturais deveriam ter sido realizados, se houvesse umidade no solo, principalmente o controle das doenças e a aplicação de nitrogênio em cobertura. O potencial produtivo está sendo afetado negativamente", explica Lino.