Mesmo não sendo um feriado, por cair sempre em um domingo, o Dia dos Pais movimenta muita gente, que se desloca por todo o estado. Com uma média de uma morte a cada três horas e 25 minutos, a data mobiliza as autoridades de trânsito, para a 76ª edição da Operação Viagem Segura, que começou a partir da zero hora desta sexta-feira (11). A fiscalização concentrada se estenderá até a meia-noite de domingo.
O Dia dos Pais ocupa a terceira posição no ranking de feriados e dias festivos, com sete óbitos por dia, atrás apenas do Dia das Mães, com 8,6 óbitos por dia e do feriado do Dia do Trabalho, com 7,1 mortes por dia. Uma análise dos últimos dez anos mostra um pico de acidentalidade fatal em 2012, quando morreram 33 pessoas em três dias, e um decréscimo nos últimos dois anos, com 25 mortos em 2015 e 10 em 2016. Nos últimos dez anos, 210 vidas foram perdidas.
Quando se observa a distribuição das mortes pelos três dias de deslocamentos (sexta, sábado e domingo), nos últimos dez anos, destaca-se o sábado como o período de concentração de mortes, com 8,1, em média, contra 5,6 na sexta-feira e 7,3 no próprio domingo. Ainda quanto à concentração de mortes no período, a noite e a madrugada são os períodos que concentram a acidentalidade fatal nos três dias, superando as manhãs e tardes por larga margem.
A maior parte dessas mortes, 70%, aconteceram nas estradas, sendo 37% em rodovias federais e 33% em estaduais. Das 210 mortes, 10% ocorreram em Porto Alegre. Passo Fundo também foi destaque negativo nesse ranking, com 14 óbitos, seguido por Rio Grande e Pelotas, com oito mortes cada. Dentre as rodovias, as que registraram maior acidentalidade fatal foram a BR-285 (17 óbitos), a BR-116 e a BR-290 (16 óbitos cada uma) e a BR-386 (14 óbitos).