A população que busca esclarecimentos sobre a febre amarela e a vacina que previne a doença pode utilizar o Disque Vigilância 150. O serviço, vinculado ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde, orienta sobre sintomas, formas de transmissão da doença, quem pode se vacinar e locais de vacinação. O atendimento com pessoal especializado ocorre de segunda a sexta, das 8h30 às 22h, e nos sábados, domingos e feriados, das 8h às 20h.
No Rio Grande do Sul, a vacina está disponível em todos os municípios. A prioridade é imunizar quem planeja viajar para áreas consideradas de maior risco de exposição, como locais de matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e o meio rural com circulação do vírus. Atualmente, as áreas de risco no Brasil são: estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e da Região Norte. Nesses casos, a orientação é fazer a vacina dez dias antes da viagem. A cobertura vacinal no RS atinge, hoje, cerca de 70% da população.
"Quem ainda não se vacinou pode procurar a unidade de saúde mais próxima da sua residência, de forma tranquila e sem pânico", recomenda o secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis. Quem já foi imunizado não precisa de dose de reforço. A vacina está indicada a partir dos 9 meses de idade e faz parte do calendário de vacinação infantil. Gestantes, idosos e imunodeprimidos devem avaliar com seu médico os riscos e benefícios da imunização.
Sintomas
A febre amarela é uma doença febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por mosquitos). Os primeiros sintomas são inespecíficos, como febre, calafrios, cefaleia (dor de cabeça), lombalgia (dor nas costas), mialgias (dores musculares) generalizadas, prostração, náuseas e vômitos. Após esse período inicial, geralmente ocorre declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando sensação de melhora no paciente. Em poucas horas - no máximo, um ou dois dias - reaparece a febre, a diarreia e os vômitos têm aspecto de borra de café.
Os casos de febre amarela no Brasil são classificados como silvestre ou urbana, sendo que o vírus transmitido é o mesmo. A diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão.
Na urbana, o vírus é transmitido ao homem pelo mosquito Aedes aegypti. Desde 1942 não é registrado nenhum caso no Brasil.
Na silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada entra em uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado.
Na sazonalidade 2008/2009, o RS registrou 21 casos da febre amarela silvestre em humanos. Desde 1999, é realizada a vigilância de mortes de macacos, com o objetivo de verificar e antecipar a ocorrência da doença, pois a mortalidade destes animais pode indicar a presença do vírus em determinada região. Dessa forma, é possível fazer a intervenção oportuna para evitar casos humanos, por meio da vacinação das pessoas, e também evitar a urbanização da doença, controlando os mosquitos transmissores nas cidades.
Texto: Ascom SES
Edição: Gonçalo Valduga/Secom