A transformação de 400 tonelada por dia de resíduos sólidos urbanos, recolhidos em Santo Ângelo e em mais 25 municípios da Região das Missões foi avaliada pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), em reunião realizada nesta terça-feira (27), na Sala do Investidor.
Pelo projeto, a empresa EKT Missões Ambientais projeta investir R$ 17,7 milhões na implantação de uma usina de processamento de resíduos sólidos e ocupar um pavilhão industrial de 8 mil metros quadrados (m²) de área construída. O empresário Fábio de Oliveira adiantou que serão adquiridos equipamentos e utilizada a tecnologia desenvolvida pela EKT Ekological Technologies, de Novo Hamburgo.
Segundo o empresário, o novo parque industrial deve se constituir, devido à tecnologia utilizada, em um autêntico showroom na área de processamento de resíduos sólidos urbanos. Na reunião, os empreendedores receberam informações detalhadas sobre as linhas de financiamento operadas pelos bancos de fomento, como o BRDE, a Agência de Fomento Badesul e o Banrisul, e também sobre o enquadramento do projeto industrial nos incentivos do Fundo Operação Empresa (Fundopem RS) e do Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial (Integrar RS).
Fábio de Oliveira, destacou, ainda, que a prefeitura de Santo Ângelo já indicou uma área de 6,4 hectares no Distrito Industrial para sediar o empreendimento, que, a partir do composto biossintético industrial (CBSI), produzirá madeira biossintética (MBS) que pode ser utilizada para a montagem de peletes, caixas, containers, calços, prateleiras, gôndolas, assoalhos, deques e mesmo para construir casas populares.
Ressaltou, ainda, que o processo industrial é fechado e não gera resíduos, uma vez que a cinza resultante é utilizada como carga na elaboração da MBS. A nova indústria prevê a criação de 60 empregos diretos quando entrar em operação.
Texto: Ascom Sdect
Edição: Sílvia Lago/Secom