Nos dias 7 a 9 de maio, a Setrem foi sede do curso "Agroflorestas para Restauração de Sistemas Florestais". Participaram cerca de 80 pessoas, entre agricultores, indígenas da Terra Indígena Guarita, estudantes, extensionistas da Emater/RS-Ascar de diferentes regiões, além de representantes de entidades parceiras. A atividade integrou três projetos: RestauraAÇÃO, (Embrapa/Fapeg/Enel), RestauraSUL (Embrapa) e Nexo Pampa (CNPq).
O objetivo foi a formação de agentes multiplicadores e a construção participativa de agroflorestas voltadas à restauração de ecossistemas florestais. "O curso mostrou que existe a possibilidade de ser produtivo, eficiente agronomicamente e causando o menor impacto ambiental", destaca o professor e coordenador do curso técnico em Agropecuária da Setrem, Claudinei Schmidt.
Houve palestras nas quais foram abordados temas como: agroflorestas e restauração; agroflorestas apícolas e calendário apícola; manejo agroecológico do solo; reconhecimento de vegetação nativa; comercialização de produtos de origem agroflorestal; legislação e extrativismo; entre outros. A atividade contou ainda com visita técnica a duas unidades produtivas agroflorestais.
"Um sistema agroflorestal consiste em recuperar áreas degradas com o reflorestamento de espécies nativas adaptadas para a região e buscar outras espécies que possam gerar renda futura aos produtores", explica Schmidt. Segundo ele, isso funciona, principalmente, no início da floresta, enquanto ela está se instalando e se desenvolvendo. "No espaço entre as espécies florestais é feito o cultivo de plantas de porte menor que não vão competir com a floresta. É possível plantar hortaliças e mais tarde, culturas como milho e feijão, hortaliças de porte maior e até erva-mate", completa o professor da Setrem.
O evento foi organizado pela Embrapa Clima Temperado, Setrem, Arede, Emater/RS-Ascar, Unijuí e Cooperfamiliar. E contou com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário Edmundo Gastal (Fapeg) e Enel.