Dentre os objetivos da fisioterapia, estão a
preservação, desenvolvimento e reabilitação da integridade de órgãos, sistemas
ou funções. É a ciência que estuda, diagnostica, previne e recupera pacientes
com distúrbios e doenças.
A Apae de Três de Maio conta com o trabalho
de dois fisioterapeutas: Beatriz Chrischon, que está na instituição há 29 anos,
e Jefferson Kettner, que atua há sete anos.
Os profissionais explicam que na Apae, após a
criança ser avaliada por eles e pelos demais integrantes da equipe de saúde e
caso constatada a necessidade de permanecer em atendimento na instituição por
apresentar, por exemplo, déficit motor
ou alteração que interfiram nas funções motoras, como da força muscular, do
tônus ou até mesmo atraso nos marcos motores do desenvolvimento, essa criança
passará a receber tratamento de fisioterapia.
A partir de então, a atividade empregada para
a reabilitação de cada paciente depende da necessidade individual. "Cada caso é
avaliado e a partir disso será elegida uma forma de tratamento. E vamos
reavaliando sempre, isso é uma constante. A cada sessão analisamos o quanto
avançamos. O tratamento é dinâmico, usamos várias técnicas e as adaptamos para
o paciente", acrescentam os fisioterapeutas.
Jefferson destaca que os dois profissionais
trocam muitas informações e conseguem sanar dúvidas entre eles. "É um trabalho
em conjunto, mas cada um tem seus pacientes devido à agenda. Essa troca de
experiências só fortalece e auxilia no trabalho e no alcance dos objetivos."
Atualmente, são realizados em torno de 70
atendimentos semanais, além dos alunos que fazem o acompanhamento. Beatriz
ressalta a importância dos pais e da família neste processo de evolução do
paciente, com a continuidade das atividades pelos pais em casa. "Os pais são
orientados quanto a atividades a serem seguidas em casa, para auxiliar no
tratamento e no desenvolvimento da criança, e isso faz uma diferença enorme,
pois é com a família que a criança permanece a maior parte do tempo."
Eles contam que a maioria dos atendimentos
com os alunos da Apae são lúdicos, ou seja, utilizam-se de brincadeiras
integradas a atividades e exercícios, de forma planejada, para alcançar seus
objetivos. Na Apae, os fisioterapeutas trabalham com a fisioterapia
neurofuncional e respiratória, mas basicamente com a neurofuncional, para
pacientes com comprometimentos ou sequelas de problemas neurológicos.
"Nosso trabalho não é fácil. O fisioterapeuta
tem diversas áreas de atuação, mas, com certeza, esta que escolhemos trabalhar e
para este público apaeano, é muito gratificante. A evolução do paciente é mais
lenta, mas quando ocorre é mais gratificante. Quem trabalha com a fisioterapia
neurofuncional vibra com qualquer ganho que o paciente tiver", finalizam.
Texto
e foto: Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999