O salário
mínimo em 2025 será de R$ 1.502, com aumento nominal de 6,39%. O reajuste
consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviado
nesta segunda-feira (15/04) ao Congresso Nacional.
O reajuste segue a projeção
de 3,25% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para os 12 meses
terminados em novembro mais o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto
(PIB) em 2023. A estimativa também consta do PLDO.
O valor do mínimo tinha sido
confirmado mais cedo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à
emissora de televisão GloboNews. No entanto, o Ministério do Planejamento
confirmou a estimativa somente após a divulgação do PLDO.
O projeto também apresentou
previsões de R$ 1.582 para o salário mínimo em 2026, de R$ 1.676 para 2027 e de
R$ 1.722 para 2028. As projeções são preliminares e serão revistas no PLDO dos
próximos anos.
No ano passado, o salário
mínimo voltou a ser corrigido pelo INPC do ano anterior mais o crescimento do
PIB, soma das riquezas produzidas pelo país, de dois anos antes. Essa fórmula
vigorou de 2006 a 2019.
Segundo o Planejamento, cada
aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 370 milhões
no Orçamento. Isso porque os benefícios da Previdência Social, o abono
salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e
diversos gastos são atrelados à variação do mínimo. Na Previdência Social, a
conta considera uma alta de R$ 66,7 bilhões nas despesas e ganhos de R$ 63,1
bilhões na arrecadação.
O valor do salário mínimo
para o próximo ano ainda pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do INPC
neste ano e da nova política de reajuste. Pela legislação, o presidente da
República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano
com o valor do piso para o ano seguinte.
Em 2024, o salário mínimo
está em R$ 1.412, com ganho real de 3% em relação a 2023. O valor de R$ 1.412
corresponde ao INPC acumulado nos 12 meses terminados em novembro de 2023, que
totalizou 3,85%, mais o crescimento de 3% do PIB em 2022.
Fonte: Agencia Brasil