Na próxima quinta-feira, dia 6 de abril, quando se completará dois anos do sepultamento da adolescente Jordana Tamires Christ Watthier, natural de Três Passos, acontecerá o julgamento do acusado do assassinato ocorrido em Bom Princípio. O júri popular foi marcado para acontecer a partir das 9 horas da manhã, no Fórum de São Sebastião do Caí.
Os 25 jurados, entre os quais serão sorteados os sete componentes do júri, já foram definidos na semana passada. Jordana, que tinha 13 anos, foi violentada e morta pelo padrasto, Elias dos Santos Silvestre, de 40 anos, natural de Tenente Portela, em 4 de abril de 2021, em Bom Princípio. Após o bárbaro crime, ele chegou a fugir, mas acabou se entregando para a Brigada Militar em Teutônia, onde moravam seus familiares. Desde então está preso e agora irá ser submetido a julgamento. Pela Polícia foi indiciado por feminicídio e estupro de vulnerável, por envolver menor de 14 anos, penas que somadas podem ultrapassar os 45 anos de prisão.
Foi um dos crimes mais bárbaros já ocorridos em Bom Princípio e na região. Conforme apurou a Polícia Civil, Elias estava na casa da companheira, mãe de Jordana, no loteamento Gauger, em Nova Colúmbia, quando teria saído com a enteada. No caminho, a menina teria tentado se jogar do carro por pelo menos duas vezes para tentar escapar do padrasto e quando conseguiu foi alcançada e acabou ocorrendo o crime, na margem da RS 122, próximo da margem do arroio Forromeco, em Santa Teresinha. Após estuprar e matar a enteada, o acusado disse para a Polícia que fugiu para São Sebastião do Caí, Montenegro e Teutônia, onde foi convencido por familiares para se entregar. Ele tinha um relacionamento de quase um ano com a mãe de Jordana.
Durante o processo na Justiça foram ouvidas doze testemunhas, enquanto o réu optou por ficar em silêncio. Entretanto, durante a fase policial, o acusado acabou confessando o crime, alegando que estava com pensamentos ruins.
Será mais um crime de grande repercussão ocorrido em Bom Princípio que terá o julgamento no Caí. Em 2019 outro réu foi condenado a 89 anos de prisão pelas mortes da ex-companheira e das duas filhas dela, em crime bárbaro também ocorrido em Santa Teresinha.
Fonte: Fato Novo