Sistema Farsul e Fundação Pró-Sementes divulgaram, nessa terça-feira, 31 de julho, o resultado do estudo do Desempenho de Cultivares de Soja Indicadas para o Rio Grande do Sul na Safra 2017/2018. O levantamento, que conta com o patrocínio do Senar-RS, analisa o rendimento e as características agronômicas das cultivares de soja indicadas pelo zoneamento agrícola nas diferentes regiões do Estado. A pesquisa é um instrumento para que produtores rurais e assessoria técnica possam analisar como cada cultivar responde às diferenças de cada local auxiliando na compra de sementes. A escolha correta pode garantir mais rendimento ao produtor, com diferenças em ganhos que podem chegar a R$ 1.920 por hectare.
Foram analisadas 43 cultivares que são indicadas pelo Zoneamento Agrícola do MAPA em três microrregiões, representadas por oito municípios. As análises incluíram cultivares de ciclo precoce e médio/tardio e consideraram duas épocas de plantio. Os maiores índices de produtividade foram obtidos com as cultivares precoces semeadas em segunda época M 5947 IPRO, em Passo Fundo, e a M5838 IPRO, em Vacaria, que atingiram 104 sacas por hectare.
O estudo demonstra que a amplitude de produtividade entre as amostras analisadas em Santo Augusto, por exemplo, chegou a 24 Sacas, o que significa que o produtor que optasse pela variedade mais produtiva chegaria a ganhar R$ 1.920 a mais por hectare comparado com aquele que optou pela cultivar que teve o pior desempenho.
Segundo o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, o estudo é importante para ajudar o produtor nas escolhas que faz antes do plantio. "Temos muita tecnologia, mas também temos muitas variáveis que impactam a produção. O estudo é baseado em critérios técnico-científicos e ajuda a reduzir as incertezas do produtor", afirma Gedeão.
De acordo com a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl, o resultado refletiu a variação climática que caracterizou a última safra com seca na metade sul e quantidade de chuva favorável no restante do Estado, o que gerou uma ampla variação de resultados entre as regiões e produtividade inferior à safra 2016/2017. A variabilidade climática permitiu a observação do desempenho de diferentes cultivares em situações normais e de estresse hídrico. O estudo demonstra que a escolha pela cultivar deve levar em conta não apenas a região e a época do plantio, bem como as condições climáticas previstas, explica Kassiana.
O vice-presidente da Farsul Elmar Konrad considerou o estudo importante por acompanhar as mudanças no zoneamento agrícola em um momento em que o produtor busca maximizar os ganhos apesar das incertezas em relação ao clima e à situação política internacional, que pode impactar o câmbio e as negociações comerciais.
Assessoria de Imprensa Farsul