As chuvas ocorridas na última semana trouxeram um pequeno alento aos produtores de soja de algumas regiões. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, nas cultivares com período maior de crescimento até a floração, espera-se uma retomada na evolução das plantas até a plena floração, com as plantas entrando em estágio com maior área foliar e porte mais adequado. Essa perspectiva ainda é possível para 60% das lavouras que se encontram em desenvolvimento vegetativo, mas ainda assim, dependerá da sequência de chuvas nos próximos dias ou semanas.
Entretanto, para aquelas que se encontram em adiantado estágio de floração (30%) e em formação de grãos (10%), a preocupação é grande pelo pequeno porte das plantas, principalmente em cultivares muito precoces, o que poderá comprometer bastante a produtividade final. Nas lavouras implantadas há menos tempo e que não tiveram oportunidade de enraizamento mais profundo, já se notam falhas pela morte de plantas. As condições meteorológicas das próximas semanas serão decisivas para obtenção de uma boa safra. Dada a fase em que se encontra a cultura, um bom regime de chuvas durante esse período ainda é capaz de garantir plena recuperação às lavouras e produtividade aceitáveis.
Nesta semana, o milho alcança 14% do total de sua área já colhida, com outros 16% maduros e prontos para tanto. Até aqui, as produtividades destas lavouras têm se mantido dentro do previsto e com colheitas satisfatórias. Esses resultados não são uma surpresa, uma vez que essas lavouras contemplaram seu ciclo sem maiores percalços. A atenção está voltada para o restante das lavouras em floração e enchimento de grãos, por volta de 50% do total semeado nesta safra. Em parte destas lavouras há indícios de que as plantas já começam a sentir, de forma mais incisiva, os efeitos da deficiência hídrica provocada pela falta de chuvas mais abundantes e regulares. Caso as condições meteorológicas adversas persistam, é provável que o Estado não consiga repetir os excelentes índices obtidos nos últimos anos.
O desenvolvimento vegetativo do arroz tem melhorado nos últimos dias, por conta das condições climáticas do período, com temperatura alta e bastante luminosidade. Há um grande desestímulo com a atividade em virtude da queda constante do preço da saca de arroz, que tem se mantido pouco acima do custo de produção, conforme apontam os institutos de pesquisa e as empresas do setor arrozeiro. Na outra ponta, os insumos para a lavoura arrozeira não acompanharam essa queda no preço nos últimos meses, mantendo-se com preços estáveis e com viés de pequena alta em determinados produtos.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Jornalista Taline Schneider