RS tem 14 regiões em bandeira vermelha na 15ª semana de distanciamento controlado


O mapa do distanciamento controlado tem 14 regiões em bandeira vermelha na 15ª semana de vigência do modelo, segundo anúncio do governo estadual, na tarde desta segunda-feira (17). A classificação é válida entre 18 e 24 de agosto.
Apenas as regiões de Caxias do Sul e Erechim tiveram recursos aceitos e ficam com a classificação de risco médio (bandeira laranja).
De acordo com o governador Eduardo Leite, 73% da população gaúcha está nos 315 municípios com classificação de alto risco. Contudo, 147 cidades sem registros de hospitalizações ou óbitos por Covid-19 nas duas semanas anteriores podem adotar medidas mais flexíveis.
"Temos uma situação de estabilização de internações, mas num patamar muito alto. Nada indica que venha uma nova onda, especialmente se houver o atendimento aos protocolos. Mas se, por algum motivo, as pessoas se descuidarem e houver maior contágio, o fôlego que o estado tem em estrutura hospitalar é menor. É como se tivéssemos menos gordura. Temos capacidade de expansão, mas é limitada. Se houver uma velocidade maior de contágio, a capacidade de garantir atendimento a todos fica reduzida", alerta Leite.
O RS chegou, nesta segunda, a 80,9% dos leitos de UTI ocupados, sendo que quase metade por pacientes com Covid-19 ou suspeita de síndrome respiratória aguda grave. Já são 2.744 mortes e mais de 98 mil infectados desde o início da pandemia de coronavírus no estado.

Entenda o que é permitido na bandeira vermelha
As regiões que estão em bandeira vermelha, mas encaminharam um plano próprio habilitado pelo governo, podem adotar medidas mais brandas.
Canoas, Taquara e Novo Hamburgo, que tiveram os protocolos aprovados, e Pelotas, que, segundo o governador, está com o processo encaminhado, devem adotar um plano regional próprio. Passo Fundo ainda aguarda análise de documentos pelo governo do estado.
Para que a região tenha o plano aprovado precisa criar um comitê científico próprio, ter aprovação de 2/3 das prefeituras e a publicação dos protocolos em sites e lugares acessíveis à população.
"Não é questão de burocratizar. É criar protocolos baseados em evidências", salienta Leite.

Novas regras
O governo atualizou ainda alguns protocolos adotados em alguns segmentos. No setor da indústria de derivados de petróleo, borracha, químicos e plástico, em regiões de bandeira preta, é permitida a presença de 50% dos trabalhadores.
Missas e serviços religiosos ficam limitados, em bandeira vermelha, a 10% do público do local ou, no máximo, 30 pessoas.
Já as competições esportivas e treinos de profissionais ficam autorizadas em bandeiras amarela e laranja, desde que sem público, com aprovação do município sede e atenção aos protocolos sanitários.
"Em algumas regiões estamos vendo estabilização, em outras, não. A gente viu a Região metropolitana crescer num ritmo acelerado, se estabilizar e esperamos que tenha uma queda lá adiante. Mas isso tem que esperar a longo prazo", comenta a coordenadora do comitê de distanciamento controlado, Leany Lemos.

Fonte: G1 RS

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