Sua economia cresce com uma Agricultura desenvolvida e diversificada, uma Indústria que emprega tecnologias e com um Comércio que não se dá por vencido mesmo com as adversidades naturais e com as novas formas de consumo. As dificuldades são constantes e desafiadoras, mas não o suficiente para fazer os empreendedores desistir da atividade. A sua missão diária de levar conforto e bem estar à sociedade, gerando emprego e renda aos cidadãos. As ameaças de continuidade da atividade são constantes e crescentes, e é neste momento que Empregadores e Trabalhadores precisam de um olhar responsável e desprovido de radicalismos e de interferências.
A Reforma Trabalhista promovida recentemente trouxe esta grande oportunidade de diálogo e aproximação, na medida que o Convencionado prevaleça sobre o legislado, respeitadas as condições de trabalho e os direitos dos trabalhadores assegurados pela Constituição Federal. Precisamos aqui também avaliar alguns conceitos ultrapassados e ter um olhar para o futuro sob pena de perdermos esta condição de pólo regional, inclusive no comércio, onde diariamente consumidores de toda região se abastecem aqui, resultado do comprometimento em oferecer produtos de qualidade, praticar bons preços e com atendimentos qualificado.
A flexibilização no funcionamento do comércio, no que se refere a horário e dias, passa pelas nossas vontades e decisões. Fazer os ajustes na legislação permitindo estas mudanças não significa obrigar empregadores e trabalhadores a trabalhar 7 dias por semana e em horários estendidos.
A Reforma Trabalhista, como dito acima, preservou os direitos dos trabalhadores, inclusive o de ter o descanso semanal e o limite de horas trabalhadas diária e semanal. A decisão de trabalhar aos domingos, por exemplo, é pessoal. Não será impositiva. Quem decide pela empresa é o seu empreendedor, e cabe ao trabalhador avaliar se deve ou não aceitar as condições de trabalho que lhe é oferecida.
É muito importante levar em consideração algumas mudanças e hábitos de consumo que já ocorrem e vão crescer daqui para frente e possivelmente com maior velocidade. Estamos nos referindo ao comércio online que em 2017, segundo informações, cresceu 7,5%. O Consumidor tem a sua disposição, dentro de sua casa, de seu escritório..... as lojas virtuais 24 horas por dia, 7 dias por semana, e se o comércio de rua não estiver atento e disposto a acolher estes consumidores, estes cada vez mais irão se afastar e migrar para este novo modelo de compras. Não haverá outra saída para enfrentamento deste novo modelo, a não ser pela compreensão e sacrifício de todos, empregadores e trabalhadores, caso contrários o número de desempregados no comércio seguirá aumentando.
Afirmar-se que o trabalho aos domingos destrói a família, o lazer e a religiosidade é um tanto duvidoso e discutível. Quem enfrenta fila na busca por uma oportunidade de trabalho para obter renda para o seu próprio sustento e de sua família, certamente compreende o significado desta observação.
Como entidade que representa os empreendedores, o Sindilojas em nenhum momento afirmou ser favorável a obrigatoriedade do comércio estender o horário de atendimento além da sua capacidade e vontade e tampouco de forçar a abertura do comércio aos domingos, mas sim de criar condições, via legislação, com segurança jurídica, oportunizando esta condição aos que desejam trabalhar, de forma segura. Nosso esforço é no sentido de criar um ambiente favorável para empreender.
Por fim o varejo deve voltar o seu olhar ao que já vem acontecendo nos últimos anos. Algumas atividades comerciais, amparadas por lei, abrem seus estabelecimentos comerciais 7 dias por semana e comercializam produtos que concorrem com as lojas que hoje estão no olho das discussões se devem ou não ter liberdade para trabalhar. Vale a pena pensar e refletir sobre estas questões antes de prematuramente e até por desinformação e esclarecimento ser contra ou a favor.
Esperamos que desta forma estamos contribuindo para que cada um possa de forma independente e consciente assumir sua posição, seja empregador, trabalhador ou simplesmente consumidor. Todos somos cidadãos e devemos participar.
Leonides Freddi
Presidente do Sindilojas - Santa Rosa