Implantação de terraços avança no Noroeste gaúcho


Prática importante para a conservação dos solos e da água nas lavouras, o terraceamento tem avançado na região administrativa de Santa Rosa, com incentivo da Emater/RS-Ascar. Desde 2015, quando teve início o Programa Regional de Conservação de Solos e Água, que se integrou à Política Estadual, já foram demarcados na região 15.877 hectares de terraços em 44 municípios.
Em diversas propriedades rurais de Três de Maio, por exemplo, práticas conservacionistas do solo têm sido adotadas, com vistas à preservação de recursos naturais e melhorias na produtividade e na renda. O terraceamento foi priorizado pelo Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, sendo que apenas em 2019 já foram demarcados 410 hectares de terraços em 39 propriedades. No total, desde 2015, o terraceamento orientado pela Emater/RS-Ascar já chegou a 1.990 hectares de lavouras de produtores locais.
A principal parceria para a implantação é da Secretaria Municipal de Agricultura, que disponibiliza trator e terraceador para a construção dos terraços. "O Conselho Municipal de Agropecuária também foi importante neste processo, uma vez que levantou a demanda como prioridade para o trabalho da Emater", relata o chefe do Escritório Municipal de Três de Maio, Leonardo Rustik.
Com o intuito de preservar a base da produção agropecuária e melhorar a rentabilidade no meio rural, ações de conservação de solo têm se intensificado também em Santa Rosa. Somente de 2015 até agora, o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar já atendeu à demanda de 105 agricultores e demarcou e orientou a construção de 781 hectares de terraços. Destes, 130 ha apenas em 2019.
No município de Campina das Missões, o terraceamento também tem conquistado espaço. Já foram demarcados pela equipe do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, entre 2015 e 2019, 503 hectares de terraços, contemplando 117 produtores.
Na última semana de agosto, na propriedade de Neimar Backes, na Vila Teresa, foi realizada, com o apoio da Prefeitura, a implantação de terraços de base larga em sete hectares. Com a implantação dos novos terraços, o agricultor já se organiza para a correção do solo com calcário, superfosfato triplo, cloreto de potássio e matéria orgânica. Após a correção e descompactação, será implantada na área de cultura de milho.
A demanda surgiu a partir dos problemas de erosão, com remoção dos resíduos culturais em lavouras locais, após fortes enxurradas. Além de contribuir com a redução de perdas de solo e de água por erosão hídrica, o terraceamento retém nas lavouras adubos químicos e orgânicos, assim como herbicidas e inseticidas, resultando em economia para o produtor, ao mesmo tempo em que evita a contaminação de mananciais hídricos.
Outras finalidades do terraço são direcionar a semeadura no sentido transversal ao declive e, com a retenção e armazenamento de parte da água da chuva que não infiltra no solo, auxiliar na conservação das estradas.
Existem terraços adequados para cada tipo de solo, sistema de cultivo e perfil de propriedade. Para buscar mais informações, procure o escritório da Emater/RS-Ascar de seu município.

Fonte: Emater/RS-Ascar

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